Corpus Christi é uma palavra do Latim e quer dizer “Corpo de Cristo”. Esta data é representada por ser uma festa da Igreja Católica que celebra a Eucaristia (Santa Ceia).
A Ela sempre ocorre numa quinta-feira, 60 dias após a comemoração da Páscoa. Em 2019, será 20 de junho. A festa é marcada por procissões marcadas por ser a única ocasião anual em que a Santíssimo Sacramento da Eucaristia sai em procissão pelas ruas, passando por tapetes enfeitados.
Nesta data os católicos gratificam e louvam a Deus pela Eucaristia, que segundo a bíblia, Deus, se faz presente como alimento e remédio na alma daqueles que comungam.
Para os católicos, a Eucaristia é o princípio e essência de toda a vida cristã, pois nela está presente o tesouro espiritual da Igreja, que é Jesus Cristo.
Esse sacramento para catolicismo é feito para relembrar a morte e ressurreição de Cristo. Nele é ingerido pão e vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Jesus, respectivamente.
Tapetes enfeitados
A data é muito conhecida por causa dos famosos tapetes coloridos, que são feitos de diversos materiais como flores, sal grosso, serragem, borra de café, farinha, casca de ovo, tampinhas entre outros.
Esta tradição foi introduzida pelos portugueses e representam símbolos e acontecimentos marcantes da fé católica.
A organização destes tapetes nada tem haver com penitência ou pagamento de promessas, e sim, uma maneira popular de adorar a Cristo.
O ostensório, um objeto que guarda o Corpo de Cristo na hóstia, é levado pelo sacerdote pelo trajeto enfeitado. Os fiéis devem passar por eles, apenas depois do padre.
Isso representa de que Jesus passa por lá e é recebido com bonitos tapetes nas vias das cidades.
Origem da festa
A festa se originou no século XIII, oficialmente em 1264, com o Papa Urbano IV. A criação foi em decorrência de relatos de Juliana de Mont Cornillon, uma freira belga que nasceu perto da cidade de Liège, em 1193.
As narrativas sobre Juliana de Mont Cornillon mostram que por vários anos, ela teve visões e sonhos que remetiam a uma mensagem divina que abordava a necessidade da criação de uma festividade para comemorar o sacramento da eucaristia.
Influenciado pelos relatos, Roberto de Thourotte, bispo da diocese de Liège, autorizou a consumação de uma festividade para 1247. Porém, nem chegou a presenciar, pois morreu antes.
O arcediago Jacques Pantaleon também de Liége foi impactado pela história, e em 1261 se tornaria o novo papa, sob o nome de Urbano IV.
Outro marco para Urbano IV tomar a decisão foi o ‘Milagre de Bolsena’. O sacerdote da Boêmia, Pedro de Praga, se encontrou com Urbano IV.
Na volta para casa, Pedro de Praga passou por Bolsena, onde concretizou o sacramento da eucaristia. Durante o ato, sangue começou a derramar da hóstia.
Em pouco tempo, Urbano IV oficializou o Corpus Christi, que aos poucos espalhou pela Europa.
No concílio geral de Viena, em 1311, o Papa Clemente V, ordenou novamente que Corpus Christi fosse adotado como festa. Em 1317, João XXII estendeu a data por toda a Igreja.