Segundo o IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação brasileira teve números finais no fechamento de 2018 em 5,75%. Os dados foram divulgados no início do mês, pelo IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.
Anteriormente, a meta da inflação definida pelo Banco central era de 4,5% para 2018, com uma margem de variação estipulada pelo governo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Com isso, o fechamento ficou abaixo, mas dentro da variação.
Os setores
Os produtos que mais pesaram para o bolso dos cidadãos brasileiros foram os serviços de grupos de habitação, além dos alimentos e do transporte, como por exemplo, as passagens aéreas, que foi para 16,92%; e a gasolina, que teve uma alta de 7,24%, além do ônibus urbano, com 6,32%.
Logo após esses gastos, temos a habitação, com 4,72%, e a energia elétrica, com 8,7 em média. Na alimentação, também tivemos um aumento ao longo do ano, com a taxa chegando a 4,04%. O tomate foi o produto que ficou mais caro, chegando a incríveis 71,76% - um valor bem absurdo.
Também tivemos baixas, como o café, com -8,22% e a farinha de mandioca, com -13,26%, sendo os dois itens mais baratos.
Na educação, tivemos um reajuste médio em cursos regulares, chegando a 5,68%, o maior índice em 2018, mas sem tanta influência na inflação geral.
Confira abaixo o acumulo da inflação de 1994 até o ano de 2018
Há 24 anos atrás, no ano de 1994, tivemos 916,46%; Em 1995, o registro foi de 22,41%; Já em 1996, 9,56%; Um ano depois, em 1997, chegamos a 5,22% e em 1998 a 1,65%.
Em 1999, a inflação chegou a 8,94%; Em 2000, uma nova queda, indo para 5,97%; Um ano depois, continuação da gangorra, com o valor subindo para 7,67%; No ano do penta, em 2002, fechamos com 12,53% e em 2003 com 9,30%.
Em 2004 a inflação fechou o ano em 7,60%, mas em 2005 voltou a cair, sendo 5,69%; Ainda em queda, em 2006, os números foram de 3,14%; Um ano depois, um leve aumento, 4,46%, assim como aumentou em 2008: 5,90%; mas voltou a cair em 2009: 4,31%.
Entrando na década atual, em 2010, a inflação fechou em 5,91%; um pouco acima, em 2011, 6,50%; quase o mesmo valor de 2012, 5,84%, e em 2013, 5,91%. Em 2014 tivemos uma pequena alta, 6,41, e mais ainda em 2015, chegando a 10,67%. Em 2016, o valor foi de 6,29%; e em 2017 tivemos uma grande queda, 2,95%, até fechar 2018 com 3,75%.
Dezembro de 2018 registra inflação menor
O mês de dezembro de 2018 teve uma boa surpresa, registrando os menores números do mês nos últimos 24 anos, desde 1994, com uma taxa de apenas 0,15%, menor que os 0,44%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o IBGE, as bebidas e os alimentos chegaram a 0,44%, e foram responsáveis por quase 75% de todo o índice do mês de dezembro.
Itens que ficaram mais baratos foram o pão francês, o arroz e o leite longa vida. Já na contramão, a batata inglesa, o feijão carioca, as frutas e a cebola passaram a ter um valor mais elevado e a pesar no orçamento mensal.
No transporte, tivemos algumas reduções, chegando a -0,54%, assim como na habitação, com -0,15%, com boas baixas e inclusive reduções no preço dos combustíveis e na energia elétrica no país.