De dez anos pra cá o mercado tem mudado drasticamente para receber os novos profissionais. Isso porque o Brasil se transformou em um dos cinco países que tiveram maior crescimento no número de universitários se formando. Significa dizer que o país tem recebido no mercado uma grande parcela de profissionais graduados e para garantir uma vaga, o indivíduo deve apresentar no curriculum muito mais do que um diploma acadêmico.
Por um lado é bom, pois demonstra a evolução da nação em busca da capacitação e do desenvolvimento tanto pessoal, profissional e consequentemente social. Por outro lado, em algumas regiões o mercado não tem conseguido absorver todos estes profissionais e é onde que recém-graduados acabam assumindo vagas em atividades distantes de sua formação, ganhando bem menos do que deveriam ou almejavam.
Esta situação demonstra os motivos da insatisfação e do estresse que envolve os colaboradores. Além disso, entende-se que quem tem desejado conquistar um espaço dentro das instituições deve levar em consideração uma formação muito mais específica, incrementando o curriculum com cursos extras, MBA, pós graduação, vivência internacional.
Em algumas áreas o mercado está mesmo supersaturado de profissionais e as empresas estão filtrando os graduados não apenas pelo comportamento nas entrevistas de trabalho ou pelas atividades extracurriculares. Um método que tem sido utilizado para “peneirar” os profissionais é a identificação do desempenho escolar sendo superior a 80% de aproveitamento na média geral de todo o curso. Desta forma a organização tem a certeza de estar contratando os melhores.
Com a facilitação do egresso nas faculdades, uma parte dos universitários consegue se formar mesmo não tendo grandes habilidades no curso. Como em qualquer ambiente, existem aqueles que se preocupam muito mais em apenas ter um diploma na mão do que de fato fazer a diferença e construir uma carreira de sucesso. Estes indivíduos que vão se “escorando” nos outros, que burlam as regras, que empurram com a barriga o período acadêmico, são os mesmos que quando se depararem com os desafios do mercado, não pensará duas vezes ao “puxar” o tapete do colega para levar qualquer vantagem. São os mesmos que atuarão com desonestidade para com seus clientes ou colegas e que um dia o próprio mercado poderá “engolir” por julgá-lo incompetente.
Hoje, em muitas ocasiões, o aluno é visto como cliente preferencialmente, onde deve ter seus direitos dentro da faculdade respeitados e suas responsabilidades como aluno ficam em segundo plano. O Professor já não tem o mesmo prestígio que antigamente. E isso é uma consequência das mudanças na estrutura acadêmica. Independente se a instituição é pública ou privada, sua boa qualidade é o que garantirá o impulso aos alunos para que se tornem melhores profissionais. Para tanto, confia-se em uma postura institucional mais exigente, uma avaliação mais rígida do futuro graduado.
O recém-formado, o quanto antes deve procurar dar continuidade aos estudos e aproveitar a experiência acadêmica para fazer suas escolhas profissionais. Estar familiarizado com a possível carreira é o caminho mais próximo para começar a traçar metas a curto e longo prazo a fim de desenvolver-se tecnicamente. A dica é: ter foco e atitude sempre!