Inicio aqui, um diálogo sobre um tema relevante e abrangente a “RELAÇÃO ENTRE PAIS E FILHOS”, esse assunto fica ainda mais interessante se pudermos em poucas palavras deixar vocês leitores informados sobre as mudanças dessas relações ao longo do tempo. Deixo aqui claro que não sou a dona da verdade e tampouco quero ser, na verdade sou apenas uma profissional atenta, que tem a observação como chave de seu trabalho e que através disso, tem aqui suas humildes opiniões descritas. Por isso acredito que a melhor forma de iniciarmos essa conversa informal é conhecendo a história das famílias.
Há milhares de anos atrás, mais precisamente no tempo dos homens das cavernas, podemos constatar através de estudos científicos comprovados, situações que já caracterizavam um estereótipo, onde o que predominava na educação dos filhos era a subordinação e a obediência através da violência. Violência essa que predominou nas famílias até meados do século XX, onde ainda podíamos encontrar famílias em que a hierarquia era sinônimo de autoridade e respeito, a então e famosa “família tradicional”. Muitos dos adultos de hoje, tem sequelas oriundas do sistema familiar de outrora, das abusivas cenas onde o que se víamos era o PAI como autoridade máxima da família e sendo assim detentor de toda e qualquer decisão final. Não podemos deixar de lado, a importância que a Igreja exercia nesse período da história.
Vários escritores e autores de livros relacionados a esse tema descreveram em suas obras a importância da instituição da família na vida de um indivíduo, ela é a maior responsável pela cultura, educação, noções e sensos de um ser humano, muitos autores a citam como célula da vida. Sendo assim vamos seguir nosso caminho pela história.
Já nos anos 80 percebemos alterações nesse cenário, diversos fatores ocorreram para essas mudanças, como o processo de urbanização e industrialização, o avanço tecnológico, o incremento das demandas de cada fase do ciclo vital, a maior participação da mulher no mercado de trabalho, o aumento no número de separações e divórcios, a diminuição das famílias numerosas, o empobrecimento acelerado, a diminuição das taxas de mortalidade infantil e de natalidade, a elevação do nível de vida da população, as transformações nos modos de vida e nos comportamentos das pessoas, as novas concepções em relação ao casamento, as alterações na dinâmica dos papéis parentais e de gênero. Com todas essas novas dinâmicas sociais é claro que a família não ficaria fora disso, observamos assim uma instituição mais democrática, mas não menos preocupada com a obediência de regras sociais.
E hoje? Essa deve ser a pergunta que o caro leitor deve estar se fazendo, devido aos inúmeros modelos de famílias que temos nos dias atuais. Mas devemos falar sobre o que permeia essas relações do século XXI. Para responder essa pergunta basta um pouquinho de sua observação, pois as respostas estão nas filas dos supermercados, em lojas de brinquedos, em festas de aniversários ou até mesmo em casas de amigos. Essa resposta caro leitor, você encontra dentro de sua própria residência.
O certo é que a democracia domina as relações familiares de hoje, mas não podemos esquecer que a democracia sem organização e coerência não serve de nada, isso acontece até mesmo na administração de municípios, estados e países, imaginemos nós em uma família.
E é essa democracia mal conduzida que leva a criança e adolescentes a uma situação quase que caótica, onde pais tentam de toda forma comprar filhos, pois não sobra à eles tempo para educá-los, onde filhos não tem nenhum respeito à aqueles que os criaram, onde o que importa realmente é o que você TÊM e não o que você É, onde a mídia e uma propaganda sem escrúpulos tornam nossas PEQUENAS crianças em GRANDES consumidoras.
Portanto amigo e amiga, ainda há tempo de mudar essa história, e o personagem principal é seu filho ou filha que implora por mais atenção, mais carinho, mais amor e mais tempo. Desacelere, pare, reflita e reflita novamente em suas ações como semeador de sua família, entenda se hoje você dá atenção suficiente para o desenvolvimento social, psicológico e cognitivo de seu filho. Essas reflexões são as norteadoras de novas mudanças no cenário familiar, por isso façamos isso com a responsabilidade que esse assunto exige e que tornemos o AFETO a chave de toda e qualquer relação.