O Entretenimento está morrendo!

O Entretenimento está morrendo!
Em quase todas as áreas do entretenimento podemos perceber: estamos vivendo numa era de prequelas. O lançamento do filme Prometheus e do projeto da DC Comics: Before Watchmen, o anúncio de jogos como God of War: Ascension e Gears of War: Judgment. Vivemos numa época em que novas ideias e novos universos estão escassos. As empresas exploram cada vez mais o passado de universos já criados, alguns muito antigos, como é o caso de Alien e sua recém-lançada prequela: Prometheus.

É claro que muitos irão concordar que a criação de prequelas (do inglês: prequels) para um determinado universo é um excelente meio de expandir esse mesmo, introduzir novas ideias e aprofundar o que antes era superficial. É um modo de responder perguntas (ou criar novas) e ligar acontecimentos passados que podem acabar causando a trama de um filme, jogo ou história em quadrinhos. Mas as prequelas estão realmente sendo usadas para explorar mais um dado universo? Ou apenas como uma simples estratégia de mercado na falta de novas ideias?

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É muito mais fácil criar uma história que se passe num mundo já bem conhecido e repleto de fãs devotos e vende-la para o público do que desenvolver alguma coisa completamente do zero. Se Before Watchmen não se passasse no mesmo universo que Alan Moore consagrou na década de 80 com uma de suas maiores obras: Watchmen, obviamente não chamaria a atenção do público, e talvez nem chegasse a ser publicado. O mesmo pode ser dito de Prometheus, caso o filme não fosse ambientado no mesmo universo do famoso Alien, seria apenas mais um filme de ETs entre tantos outros. A criação de prequelas é a fórmula garantida do sucesso para as empresas, mas por outro lado empobrece cada vez mais uma área que já vem sofrendo com a escassez de novas ideias há algum tempo: a indústria do entretenimento.

Não é de hoje que são refeitos filmes clássicos ou que livros são transformados em roteiros para filmes de Holywood. Não houve na história da humanidade um momento em que a indústria do entretenimento, em todos os seus setores, tivesse que recorrer há tantas outras mídias em busca de ideias para se manter. As prequelas são apenas mais uma forma de saturar o mercado com mais do mesmo. Além delas, ainda temos os famigerados reboots, que em suma são apenas um reinício de algo que já foi feito. Se dado filme não deu certo, não vendeu bem ou foi mal feito, mas a ideia ainda vale ser aproveitada, você simplesmente “dá um reboot” e finge que nada aconteceu.

Precisamos de novas ideias, mas essas ideias também devem ter a oportunidade de entrar no mercado. É complicado, em seja qual foi a mídia, um novo conceito que não se baseie em algo já conhecido e consagrado conseguir se manter nas prateleiras e dar lucro. Tanto é que a maioria das empresas resolve ignorar e nem arriscar. Não há mais espaço para o novo, apenas para a repetição das mesmas coisas de sempre.

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