Estudo mostra que atividades físicas podem diminuir chances de desenvolver depressão

Especialistas da área da saúde garantem que as atividades físicas fazem um bem enorme para a população. Essa afirmação também vale quando o assunto é depressão. Cerca de 300 milhões de pessoas das mais variadas idades sofrem com essa doença no mundo.

Ela, inclusive, é alvo de pesquisas que sempre buscam possíveis formas para ajudar a preveni-la e auxiliar também diminuir os efeitos de sofrimento que causa. Agora, um novo trabalho publicado no fim de janeiro, reforça o impacto positivo que os exercícios podem ter em quem sofre de depressão.

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A pesquisa usou uma abordagem genética para avaliar a chance de proteção que fazer alguma atividade física pode ter contra o risco de desenvolver a depressão.

O estudo

Os estudiosos da Unidade de Psiquiatria e Genética do Neurodesenvolvimento do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA - liderados por Karmel Choi -, cruzaram variantes genéticas de resultados de estudos feitos para os exercícios no Reino Unido e para a depressão de maneira global.

O que isso quer dizer?

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Que no caso dos exercícios, foram levados em consideração dois levantamentos: um com 377 mil pessoas preenchendo relatórios sobre o tanto de atividade que cada uma exercia e outro com 91 mil pessoas, usando sensores de movimento no pulso.

Esses aparelhos são conhecidos como acelerômetros. O banco de dados dos pesquisadores contava com 143 mil pessoas com e sem a depressão.

A publicação

O trabalho foi publicado na revista Jama Pshychiatry e os resultados indicaram que a atividade física registrada no acelerômetro parece exercer uma grande proteção contra o risco de depressão. Mais até que a atividade física autorreferida.

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As diferenças entre os dois métodos de medição da atividade física podem ter surgido por duas situações, segundo os pesquisadores: porque os participantes podem ter se esquecido de passar algum dado ou mesmo quiseram se apresentar à equipe de um jeito mais positivo e porque as leituras dos acelerômetros captam outros aspectos além do exercício planejado.

Por exemplo, caminhar até o trabalho, cortar grama, subir escadas, tudo isso influencia e os participantes podem não ter reconhecido essas atividades como exercícios.

A proteção

"Em média, fazer mais atividade física parece proteger contra o desenvolvimento da depressão", segundo Choi divulgou para a imprensa. Ele completou dizendo que qualquer atividade física é melhor do que nenhuma.

"Nossos cálculos aproximados sugerem que substituir um tempo sentado por 15 minutos de uma atividade de bombear o coração, como correr, ou fazer uma hora de atividade moderada vigorosa, é suficiente para produzir um aumento médio nos dados do acelerômetro que estava ligado a um menor risco de depressão".

Ele explica ainda que existe uma diferença entre saber que a atividade física pode ser benéfica para se livrar da depressão e fazer com que as pessoas realmente se tornem mais ativas. A segunda é bem mais complicada.

Choi disse ainda que novos estudos devem ser feitos para ajudar a descobrir quais recomendações cada pessoa deve seguir, de acordo com o seu perfil de risco à doença.

Você sabe o que é depressão? 

Ela é a perda ou diminuição de interesse e prazer pela vida. Essa condição acaba gerando angústia e prostração. Em algumas vezes, todos esses sentimentos aparecem sem um motivo evidente. Ainda segundo a OMS, a depressão é considerada a quarta principal causa de incapacitação.

O transtorno psiquiátrico pode atingir qualquer pessoa e exige avaliação e tratamento com um profissional capacitado. A doença traz uma sensação de infelicidade e também pode alterar o sistema imune.