A falta de criatividade que hoje se tem nas ficções cientificas é algo que o público vem percebendo há muito tempo. Temos apenas adaptações de HQs ou mesmo de best-sellers, nada realmente novo.
Este ano, um filme chamou bastante atenção. Ele possuí um roteiro original, um diretor que retorna ao seu gênero de confiança, e um ótimo elenco.
Imagine um grupo de pesquisadores que encontra indícios de nossos criadores, e que por um mapa estelar encontrado em várias culturas antigas, resolvem buscar a origem dos seres humanos. Isso tudo em meio a um grande encantamento para se encontrar o que sempre se buscou (a própria origem).
Efeitos especiais e sonoros dignos de fogos de fim de ano, um entrosamento entre os atores surpreendente, e é claro um personagem robô que levanta nossa curiosidade, fazendo com que surja a curiosidade de se no futuro as famosas 3 leis da robótica escritas no livro “Eu, robô” de Isaac Asimov irão realmente existir.
É claro que um roteiro com tanta coisa a se discutir, abriria brechas. E essas brechas são exatamente o problema de todo o filme. Quando se toca no tema religião, vemos apenas um crucifixo e alguém que perde a fé no inicio, mas depois a recupera quando tudo se está perdido. E isso é imposto ao espectador de forma talvez até equivocada, parecendo que o espectador na verdade não teria a capacidade de entender o simbolismo que o diretor poderia ter colocado no filme.
A preocupação com as cenas de ação, a boa construção de um suspense em volta disto, foi feita de uma forma memorável. É perceptível aquele sentimento de mal estar que o suspense traz, e também é curioso, pois tudo o que está exposto ali em é algo distante de nossa realidade, ou não.
O filme se chama Prometheus, o diretor é Ridley Scott. E seu maior problema seja, talvez, a genialidade do roteiro e como ele foi mal aproveitado.