Um dos impactos do distanciamento social para a diminuição de contágio do coronavírus foi a suspensão de atividades físicas, coletivas e individuais. Esse cancelamento provisório afetou a vida dos brasileiros e levou ao aumento do sedentarismo pelo país.
Apesar que a tendência era evidente, não sair de casa resultou claramente na queda de atividades físicas. Tendo em vista que a grande maioria fazem ou preferem realizá-las ao ar livre, e também acompanhadas, o coronavírus impactou a atividade.
Várias academias e espaços físicos migraram para o ambiente virtual, porém, muitas pessoas não conseguiram se adaptar, e acabaram por abandonar a prática. E o problema a se surgir é que o sedentarismo pode contribuir para a deterioração da saúde cardiovascular.
Sedentarismo durante a pandemia
O pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Tiago Peçanha, chama a atenção em seu artigo, publicado no American Journal of Physiology, que mesmo que todos fiquem em casa, e é certo que fiquem mesmo, que pelo menos não estejam parados.
Ele também comenta que de acordo com estudos feitos durante a pandemia, já se tem uma comprovação que em poucas semanas, sem atividades físicas, são capazes de promover o aumento do risco cardiovascular.
“Foi levantado no artigo, que é sabido desde a década de 1950, que a inatividade física aumenta o risco cardiovascular” disse o pesquisador Tiago Peçanha em entrevista para o jornal Governo de São Paulo.
Exercícios físicos
A inatividade física está relacionada com a diminuição da massa e da força muscular, levando em conta a repercussão de dificuldades funcionais e, com isso, diminuindo a qualidade de vida.
Diante desse cenário, que requer adaptação e reinvenção do espaço residencial, a sugestão mais indicada é que durante a quarentena as pessoas busquem se apropriar desse lugar e transformá-lo em um ambiente que proporcione prazer, bem estar e qualidade de vida.
Essas três opções podem ser alcançadas por meio de práticas que trabalhem o corpo e a mente, estimulando o sistema muscular e também o cognitivo.
“A literatura científica de atividade física tem demonstrado que a atividade física no ambiente domiciliar ela é viável, segura e eficaz em melhorar a saúde em diversos grupos”, indicou Tiago Peçanha.