Aprender a tocar violão já fez parte da promessa de Ano Novo de muita gente pelo menos uma vez na vida, mas a grande maioria acaba deixando essa promessa de lado quando a rotina do ano recomeça.
A falta de tempo e muitas vezes de dinheiro para pagar uma aula acabam sendo um empecilho para esse objetivo, e esse item acaba ficando no final da lista de prioridades.
É possível, porém, aprender a tocar violão sozinho e sem precisar sair de casa, seguindo algumas dicas simples.
1º passo – Escolher um instrumento adequado
Fazer a escolha correta do instrumento é o primeiro passo e também o mais importante para quem quer começar a tocar violão.
Existem violões de variados tamanhos e formas, e o instrumento deve se encaixar perfeitamente no corpo de quem está tocando.
Observar a largura do braço do violão é fundamental para que o aluno possa fazer os acordes com mais facilidade e velocidade.
Para quem está iniciando, a melhor opção são os violões com cordas baixas e de nylon, pois eles são mais macios e exigem menos força na hora de tocar um acorde.
2º passo – Achar uma postura confortável
Achar uma postura confortável é extremamente importante para que o aluno tenha liberdade para mover suas mãos ao longo do braço do violão sem ficar curvado e sem ter dores nas costas.
Existem duas posturas: postura clássica e postura informal.
A postura clássica consistem em sustentar o violão com a perna esquerda, apoiada sobre um suporte ou banquinho. Essa posição é mais comum na música erudita, por permitir acesso rápido a todas as cordas do violão, conferindo mais agilidade na hora de tocar.
Já na postura informal, o violão fica apoiado na perna direta, sem a necessidade de suporte ou banquinho, sendo uma posição mais despojada e relaxada.
Seja qual for a postura escolhida, o importante é que a coluna fique reta, o violão firme, para que as mãos fiquem livres na hora de tocar, e acima de tudo, que a pessoa se sinta bem com o instrumento.
3º passo – Afinação das cordas
Checar a afinação das cordas antes de começar a tocar é também imprescindível.
Alguns violões já vem com um afinador acoplado, mas é possível comprar um afinador digital em qualquer loja de instrumentos musicais,eles são baratos, muito úteis e super simples de usar.
Até mesmo na internet é possível encontrar afinadores online, que se utilizam do microfone do computador para captar o som, e agora é possível encontrá-los também como aplicativo para celular!
Feito isso, é só partir para a música!
4º passo – Leitura das Tablaturas
Na internet é possível achar uma imensa variedade de sites com cifras e vídeo-aulas bem detalhadas, que ensinam passo a passo como fazer cada acorde e a batida do ritmo para determinada música.
Ainda, para quem preferir um método mais tradicional, é possível comprar revistinhas com cifras e dicas em qualquer banca de jornal.
Os acordes recebem os nomes de letras, que correspondem às notas musicais : A (lá), B(si), C(dó), D(ré), E(mi), F(fá) e G(sol), e são representados através de diagramas, conforme a figura abaixo:
A figura representa o braço do violão em pé, onde o traço escuro na parte superior é a pestana (fim do braço do violão), os demais traços na horizontal representam as casas, e os traços mais finos na vertical, as cordas.
A primeira corda da direita é a “Mi”, e representa a primeira corda do violão de baixo para cima, popularmente chamada de”mizinha”, as cordas seguintes são “si”, “sol”, “ré” e “lá”, até chegar na última corda, na esquerda, “mi”que representa a última corda do violão,popularmente chamada de “mizona”.
As bolinhas com números indicam qual dedo deve pressionar a corda, sendo o dedo “1” correspondente ao indicador, o dedo “2” ao médio, “3” ao anelar e “4” ao mindinho. No caso do traço mais escuro, sabemos que naquela casa deve ser feita uma pestana.
Para finalizar, os símbolos na parte inferior se referem a como tocar as cordas. As bolinhas indicam quais cordas devem ser tocadas, enquanto o ‘x’ indica que a corda deve ser pulada.
5º passo – Praticar
Sabendo tudo isso, agora é só praticar! Saber a parte teórica é extremamente importante não só para entender todo o contexto musical, como também para que o aluno possa se desenvolver e adaptar a música à sua realidade, mudando os acordes, subindo ou descendo um tom na hora de cantar. No entanto ela é apenas o fundamento, o que importa mesmo é praticar. Errar e acertar repetidas vezes até obter o resultado desejado e riscar de vez o “aprender violão” da lista de desejos para o ano que vem.