O que está acontecendo com nossas crianças?
A cada dia que passa, cresce o número de meninas com 9, 10 anos grávidas. Meninos que mal sabem ler se comportando como adultos (ou tentando). Por que permitimos isso? Onde está o erro?
Não é difícil vermos crianças nos mais diversos programas de televisão. Só que elas aparecem, não como crianças, fazendo coisas de crianças ou vestindo roupas de crianças. Elas aparecem como mini adultos. Versões pequenas e compactadas de suas mães, pais, tias ou do astro do momento. Todos aplaudem, riem e acham engraçadinho. O que não entendem é como isso pode ser prejudicial.
Vira e mexe alguém olha para uma criança e diz: “essa menina é precoce”. Será que é? Ou a mídia e a permissividade dos pais a tornaram? Uma criança não PRECISA usar celular, andar com ele como se fosse um brinquedo. Uma criança não PRECISA ter um computador só para ela e ainda ter perfis em todas as redes sociais. Uma criança não PRECISA usar maquiagem e roupas extravagantes, decotadas. Uma criança não PRECISA aprender a dança sensual do momento para que os pais se exibam por aí.
Só que muitas vezes os pais perdem o controle sobre os filhos. A moda, a mídia e o fato de coleguinhas terem tudo isso, torna quase que obrigatório dar também ao seu filho. Acontece que educação não é baseada na permissividade. Educar é estabelecer limites, isso sim é saudável, isso sim é amor.
Crianças cantando e dançando músicas que elas nem entendem o significado. Assistindo novelas e filmes com cenas inapropriadas. Até onde iremos chegar? Crianças gerando outras crianças, com corpos despreparados para o sexo e para maternidade. Pedofilia através da internet, pois os pais nem sabe com quem a filha ou o filho andam conversando.
É preciso cuidado! Atenção! Torna-se cada vez mais difícil educar e criar um filho nos dias de hoje. Mas não é deixando a criança fazer tudo o que quer, que vai resolver. Ao contrário, vai criar um problema ainda maior. Não é culpa apenas da mídia, dos colegas, é responsabilidade dos pais colocar freio, afinal uma criança não sabe o que é bom ou ruim para si mesma.
Internet, vídeo game, celulares e todas essas evoluções tecnológicas chamam as crianças, como doce chama formiga. Não tem como privar elas 100% disso, tecnologia é o nosso futuro, não há como fugir disso. Mas é preciso que limites saudáveis sejam estabelecidos.
Criança precisa ser criança. Brincar até sujar a roupa. Saber o que é esconde-esconde, pega-pega, elástico, pular corda. Coisas tão simples, mas que hoje não fazem mais parte da vida de uma criança do século 21. Hoje elas compartilham aplicativos ao invés das bonecas. É preciso repensar, cuidar, educar. Não é uma tarefa fácil, mas vale a pena. Quem sabe não está na hora do adulto relembrar sua infância e ensinar sua criança a ser apenas isso: CRIANÇA!