Pela primeira vez, três empresas nacionais entraram no ranking de maiores do mundo. A lista com as 250 gigantes varejistas é organizada pela consultoria Deloitte. Essa quantidade de companhias do país no ranking global é inédita.
O destaque foi para: As Lojas Americanas (178º), a RaiaDrogasil (223º) e o Magazine Luiza (249º). O relatório da Deloitte diz ainda que o Brasil se recupera bem devagar da pior recessão da era moderna e que não dá para ver direito qual a direção da mudança que vem com o governo Bolsonaro.
O sócio da consultoria Reynaldo Saad completa dizendo que o ano não foi de boom e, por isso, ter três empresas no ranking é significativo. Esse pessoal é líder nos setores que atua.
Magazine e Raia
O Magazine Luiza teve ganho de dois pontos percentuais no mercado de duráveis porque seguiu uma estratégia de dar prioridade à digitalização combinada com o varejo físico. A informação é de Frederico Trajano, diretor-executivo da empresa.
"Houve um processo de concentração. É a seleção natural: durante crises, empresas que são bem administradas ganham espaço. A recessão afeta quem tem problemas de liquidez, os custos aumentam".
A RaiaDrogasil apresentou alta no faturamento por conta do plano de expansão que teve, como conta Eugênio de Zagottis, vice-presidente de planejamento. Cerca de 240 lojas por ano são abertas pela companhia.
"Acabamos 2018 com mais de 1800. As unidades têm entregado bons resultados e com isso a receita aumenta."
Líderes
Os Estados Unidos lideram o ranking global, com a rede Walmart em primeiro lugar. Em segundo, Costco. Depois, The Kroger Co. e em quarto lugar Amazon.com.
Mais da lista
• A receita agregada para as 250 maiores empresas varejistas foi de US$ 4,53 trilhões no ano fiscal de 2017, com uma média de US$ 18,1 bilhões por empresa;
• A Europa tem o maior número de varejistas do Top 250, com 87 empresas sediadas na região (34,8%) e 33,8% de participação na receita do Top 250;
• Os 10 maiores varejistas do mundo apresentam operações mais globais, em aproximadamente 13 países, contra a média geral de 10 países para o Top 250. Os varejistas europeus continuam sendo os mais ativos globalmente à medida que buscam crescimento fora de seus mercados domésticos;
• O FMCG (bens de grande consumo) é o maior setor de produtos. As 138 empresas (55,2% das empresas) geraram 66,2% da receita de varejo em 2017.
Expectativa de crescimento no varejo
A Confederação Nacional do Comércio (CNC) estima que entre aberturas e fechamentos, até 15 mil novos pontos de venda devem entrar em operação em 2019.
Para calcular esse número, a CNC considerou que os empresários estão mais confiantes sobre a perspectiva de um crescimento no faturamento do comércio. As vendas do varejo devem aumentar em 5,2% em 2019. O índice é maior do que o alcançado em 2018.